O que dizer diante do teu corpo plúmbeo, frágil, silenciado
pela dor, irresgatável por teus gritos?
A sombra de teus cabelos negros deambula
por caminhos onde girassóis não giram mais, onde os jasmins não têm carmins,
onde eu me abato e não tenho paz.
Se me tinhas por querida, o que posso por ti
querer desde o instante da tua ida?
O teu sangue se espalha em mim e vai escorrendo pelos meus
dias na vertigem de tua carne assassinada.
Quem for mulher, por tua morte está
marcada.
E se meu canto inda procura uma saída, meu verso morre nos pruridos da
ferida, porque é inútil e não salva a tua vida.
Profª Andrea Campos em homenagem a Izaelma Tavares.
Shalom!!
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