Quanto tempo faz? Não importa. Importa sim. Não, o que mede é a intensidade. Em que ponto falei em medir? Só pensei. Pensou errado. E por que quer saber? Porque quero. Porque quero não é reposta. Estragou tudo. Estraguei? O que eu ia dizer. Continua. Me permita. Quero entender. Se entender perde a graça. É surpresa? Para de tentar deduzir, só escuta. Não sei. O quê? Quanto tempo faz. Como não sabe? Perdi as contas. Eu esqueci. Parece pouco. Parece muito. Quis dizer que parece pouco porque do teu lado o tempo tem pressa. Quis dizer que parece muito pela afinidade. Me explica. Não, tua vez. Quando te vejo vindo longe, que nem é tão longe assim, mas pra mim é longe porque perto mesmo é quando te sinto aqui do meu lado, tu me vem sempre ofertando um sorriso, e vai me encantando mais e mais e vai chegando, tomando espaço, te recebo, mergulho num mundo paralelo, te tenho e de repente já tô sozinho de novo, voltando pra casa. Pensa em mim? Aqui e ali. Merece uns tapas. Aqui no ônibus, ali na esquina; aqui na sala, ali na cozinha. Vou escrever sobre isso. Me mostra? Me lembra. Como pode ser tão esquecida?
Deve ser genético. Só não esquece de mim. Me esqueço, mas não te esqueço. Deixa, eu te cuido. Acertou em cheio. O teu coração? Ao dizer que eu não tava bem, não tava mesmo. Mas negou. Neguei porque me senti desarmada. Não precisa disso. Senão eu choro. Se desarma pra sempre. Ser decifrada me fragiliza. Te ler não é difícil. Eu que nunca me entreguei assim. Eu também não, mas me sinto protegido do teu lado. Eu também. Então não tenha medo. Tu tem medo? Tenho felicidade. Quis parecer forte. Olha: quando tu se preocupar menos com isso, vai ser mais. Me dá a mão. Só a mão? Dou tudo. Lindo demais. Tu que é linda. Não gosto do meu nariz. Acho bonito. É grande. Não, é mole. Bobo. Maravilhosa. E o meu pé? Teu pé estraga um pouco. Chato. Só implico com quem eu gosto. Então vem cá, vem. Te peguei! Eu não ia morder. Ia sim, te conheço. Me conhece, mas não ia morder, ia dizer. Pois diz, diz. Eu... gosto de tu. Não era isso. Era. Não, agora tem que terminar. Tenho vergonha. Mas não tem ninguém aqui, ó, só eu. E eu também. Tem vergonha de mim? De mim. Quero você. Quero mais. Gostei dessa blusa. Gosto muito muito muito de você. Eu sei. Agora é diferente de ontem. Como? Mais forte. Meu coração tá pulando loucamente, vou explodir. Culpa minha. Toda tua. Todo teu. Comecei a me rir sozinha, hoje, do nada. É a graça da paixão. Pareço uma louca andando pela casa, pela rua, pela praça. Mas os loucos são espertos. Eu sou esperta. Nem sempre. Nem você. Eu posso. Direitos iguais. Engraçadinha. Meu amor. Diz de novo. M-e-u-a-m-o-r. Me derreto todo. Espera. Do que precisa? De um abraço. Tá bem aí? Meu braço tá de mal jeito. Pronto? Pronto. Me aperta mais. Mais? Mais. Mais um pouco. Não me larga nunca. Nunca. Tu quer ser meu noivo? Sou o que tu quiser. Te amo. [...] Eu também. Tainá Facó
Poxa adorei esse texto, kkkk, principalmente a parte que faz "É a graça da paixão." Num é que isso existe mesmo. :D Beijos Nielly!
ResponderExcluirEu sabia que tu ia gostar desse texto,Luquinhas kkk
ResponderExcluirE existe siim. Da paixão, do amor. Sei lá... do sentimento. :D
Bjs