Interessante como algumas coisas passam despercebidas diante
de nós, não é? Pois reparei há pouco tempo em uma cerimônia de casamento, algo
que nunca havia percebido, e que - acredito eu - muitos também não.
Há um momento na cerimônia religiosa de um casamento que
exala a essência do cavalheirismo. Não sei quando foi criado esse modelo atual
de casamento, mas acredito que já perdura por várias décadas, tudo praticamente
da mesma maneira: as crianças jogando pétalas, a criança que entra com anel...
O noivo entrando com a mãe, a noiva entrando com o pai... O vestido branco, o
véu. A grande maioria dos casamentos têm tudo isso, pode perceber.
Nessa festa riquíssima em beleza e amor, há um momento
crucial - e vocês vão concordar comigo -, o momento em que a noiva chega, as
portas se abrem, e a marcha nupcial é tocada. Esse é o auge da festa. Todas as
mulheres olham logo para o vestido, maquiagem e cabelo. Umas para criticar,
outras para elogiar, outras para se emocionarem junto com a noiva. Mas enquanto
tudo isso acontece, o cavalheirismo - que ignorou o tempo - permanece firme.